O dólar comercial abriu em alta de quase 2% frente ao real, alcançando R$ 5,86, em reação inicial à vitória do republicano Donald Trump na corrida presidencial dos Estados Unidos. No entanto, a moeda perdeu força ao longo do dia e encerrou a sessão desta quarta-feira (6) com uma forte queda de 1,26%, cotada a R$ 5,67.
A desaceleração foi influenciada pela declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que anunciou em Brasília a conclusão de uma rodada de reuniões entre ministros sobre medidas fiscais, ajudando também a aliviar a alta dos juros futuros.
Mais cedo, a alta do dólar refletia a expectativa de que as políticas de Trump, como aumento de tarifas de importação, restrições a imigrantes e cortes de impostos, seriam inflacionárias e levariam a juros mais altos nos EUA. A perspectiva de cortes de juros menos agressivos nos Estados Unidos fortalece o dólar frente ao real, ao reduzir o movimento de carry trade, onde investidores buscam retornos maiores em economias emergentes.
A moeda norte-americana oscilou 20 centavos entre a máxima e a mínima, indicando forte volatilidade ao longo do dia.
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